Afinal, de que se tratam essas contribuições?
Mão incluindo cubo de madeira simulando gestão de pessoas.
Planejamento financeiro não está presente na realidade de todos os empregadores brasileiros, mas deveria! Antes de contratar alguém, é necessário levar em consideração inúmeros fatores (além do salário) que impactam nas finanças da organização.
Contratar um trabalhador levando em consideração apenas o seu salário pode ser uma atitude extremamente arriscada, pois ao ignorar outros custos que serão recorrentes, a manutenção do trabalhador passa a não ser viável, e realizar o desligamento implica ainda mais custos, o que pode virar uma bola de neve.
Vou listar aqui os principais itens financeiros que devem ser levados em consideração no planejamento de contratação.
Atenção! Esta publicação não tem como objetivo desencorajar a contratação de trabalhadores. Ao contrário, acreditamos que através do planejamento e boa gestão, o seu negócio crescerá com a possibilidade de criar sempre mais contratações!
Quais são os tipos de contrato?
Ao avaliar a contratação de alguém, é necessário considerar também quais são as expectativas do candidato, pois uma relação de sucesso acontece quando ambas as partes estão satisfeitas.
Os tipos de contratação mais comum são:
Estágio é sem dúvida a categoria que menos onera ao contratar alguém, pois não incide tributos trabalhistas. Porém é necessário que o trabalhador seja estudante e a empresa não pode admitir mais de 20% de seus trabalhadores como estagiários, ou seja, é possível contratar 1 estagiário para cada 4 trabalhadores CLT. Além disso a empresa deve estar disposta a investir recursos para o treinamento deste profissional, que quase sempre chegará sem experiência.
A categoria CLT é a mais comum dentre as formas de contratação. O vínculo entre empregador e trabalhador é fortalecido nesta relação de trabalho e ambos conseguem almejar a segurança da rotina de atividades, pois não será simples desfazer este vínculo. Neste formato, a questão tributária atinge igualmente ambos, que passam a contribuir com uma quantia considerável. É possível que o empregador, dependendo de sua classificação tributária, consiga desonerar o custo tributário da folha. Do outro lado, o trabalhador obtém o direito a benefícios como FGTS, férias com adicional, décimo terceiro entre outros.
É cada vez mais utilizado no Brasil, a forma de contratação de um serviço que será prestado por uma empresa, representada pelo seu proprietário. O nome mais comum para esse tipo é o contrato PJ. Nesta modalidade é possível que a carga tributária seja reduzida e o trabalhador prestador consiga obter um valor liquido maior em relação ao CLT. Entre as desvantagem estão a falta de estabilidade, sendo que a relação pode acabar de um dia para o outro sem maiores dificuldades, não serão devidos os benefícios citados no item CLT e o empregador deve tomar cuidado com alguns fatores para que a relação não seja caracterizada como vínculo empregatício.
O real custo de contratar CLT
Partindo da premissa que o contrato CLT é relativamente o contrato com mais benefícios mútuos, vou listar aqui os principais custos que eu considero ao contratar alguém, e acho que você deveria também!
Salário de registro: É a base do que será utilizado para calcular a remuneração do trabalhador e os demais itens desta lista. Este valor sairá integralmente do caixa da empresa mensalmente, porém chegará reduzido na conta do trabalhador. Esta redução pode ser de 7,5% até mais de 40% dependendo do seu valor, e o trabalhador precisa estar ciente disso.
FGTS: Nem só de descontos vive a folha mensal do trabalhador. O FGTS é um valor da categoria de benefícios que todo trabalhador CLT tem direito. O valor depositado é de 8% (ou 2% para jovem aprendiz) e esse valor é depositado mensalmente na conta do FGTS do beneficiário.
Provisão do 13º Salário: Este não é necessariamente um custo mensal, pois não será pago mensalmente nem é obrigatório. É recomendado que o valor de 13o salário que será pago no final do ano ou na rescisão seja diluído em "parcelas" nos meses precedentes. Isso evita a oneração de forma abrupta no caixa do empregador no mês do pagamento, o que pode afetar outros recursos. O custo desta provisão é de 8,33% do salário mensalmente.
Encargos patronais: Se o empregador for optante pelo Simples Nacional, MEI ou empregador doméstico, pule esta etapa. Já empregadores pertencentes a outras categorias estão obrigados a recolher tributos sobre a folha de pagamento, chamados de Tributos patronais. Entre eles temos o INSS patronal, SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) e Terceiros (programas de incentivo a iniciativas do trabalho). Esse tributos variam conforme a classificação tributária do empregador, mas podem chegar a 30%.
Provisão de Férias: Na categoria CLT os trabalhadores, ao saírem de férias, recebem o adiantamento do salário referente aos dias de férias e uma adicional chamado Terço Constitucional. É recomendado que o valor do terço seja provisionado assim como o décimo terceiro. O percentual de provisão é calculado em 2,8% do salário, mensalmente.
Multa do FGTS Rescisório: Esta provisão corresponde ao FGTS que poderá ser pago na rescisão caso a mesma seja sem justa causa. Esse é um tópico opcional pois nem sempre será devido o pagamento. Mas se acontecer, essa provisão ajuda que isso não afete a saúde financeira da empresa. Essa segurança custa 3,2% do salário mensalmente.
Além dos tópicos obrigatórios ou opcionais listados, também há mais fatores a serem considerados, como oferta de benefícios alimentícios e de transporte, alocação em local de trabalho entre outros. Mas isso deve ser feito de acordo com o contexto de cada empregador, de acordo com resultado financeiro para o negócio que suas atividades trarão de forma direta ou indireta.
Uma excelente plataforma de gestão é necessária!
Todas estas estimativas foram pensadas para te dar uma visão simples e genérica e você ter uma ideia do quanto vai custar a contratação além do salário.
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